A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 63ª Delegacia de Paraíso, concluiu nesta quarta-feira, 16, o inquérito policial que apurou o afogamento e morte de uma criança de três anos em um parque aquático da cidade.
O fato ocorreu na manhã do último dia 6 de abril, quando a criança foi acompanhada da família (os pais, de 24 e 25 anos, uma tia adolescente e três irmãos também crianças) ao clube. Em determinado momento, os pais deixaram as crianças brincando na piscina destinada a elas e se acomodaram em uma mesa às margens da piscina adulta.
O delegado José Lucas Melo, titular da 5ª DRPC e responsável pela 63ª DP, destaca que a investigações da Polícia Civil apontaram que foi nesse momento que a menina de três anos acabou acompanhando outras crianças, que estavam no local, até à piscina adulta, onde passaram a brincar na escada de acesso.
Ainda segundo o delegado José Lucas, as câmeras do sistema de monitoramento do local registraram todo o fato. Durante o período de tempo em que esteve submersa, os pais passaram a procurá-la nas dependências do clube.
Assim que foi encontrada, a menina foi rapidamente socorrida pelos profissionais do clube e levada até o Corpo de Bombeiros, onde recebeu suporte e foi encaminhada ao Hospital Regional de Paraíso. Infelizmente, apesar de todo o esforço feito, foi constatado seu óbito.
Com a análise das imagens colhidas, coleta da documentação do clube (que funciona de forma regular) e realização das oitivas dos envolvidos, a Polícia Civil concluiu as investigações.
Constatada a negligência por parte dos genitores, em razão do período em que a menor foi deixada sem supervisão, houve o indiciamento pelo crime de homicídio culposo. "Ocorre que, a própria legislação prevê para tais casos, um instituto chamado de perdão judicial: medida em que se reconhece que o próprio resultado do crime acarreta em sofrimento tão grande ao responsável, que a aplicação de uma sanção se torna desnecessária", frisa o delegado.
Agora concluído, o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das medidas legais cabíveis.
Por fim, destaca a autoridade que crianças pequenas requerem atenção constante, não somente em casa mas, principalmente, fora. "São situações que ocorrem muito rapidamente e que podem, como no caso analisado, ter desfecho trágico, uma vez que sem a supervisão dos responsáveis, a criança pode se deparar com situações de extremo risco, nos quais pode não ter capacidade ou discernimento necessários para avaliar o perigo", frisou.