Com garrafas vazias, 150 alunos e toda a comunidade da aldeia Manoel Alves, entre os municípios de Goiatins e Itacajá, no norte do estado, protestaram pela falta de água. Por causa da falta de abastecimento, as autoridades suspenderam as aulas na aldeia.
Ao todo, mais de 400 pessoas moram na comunidade. Eles contam que estão há um mês sem água potável. “Sem água a gente não consegue estudar direito, porque a gente fica com sede. E aqui não tem água no bebedouro. Aqui na torneira não tem água, o bebedouro tá sem torneira", disse”, contou a aluna Emili Krahô.
Além de não ter como fazer os alimentos, a falta de água afeta a higiene. “Aqui é nosso banheiro, mas não tem água para gente lavar as mãos”, disse outra aluna da aldeia.
Para o professor Roberto Krahô, a situação existe há anos, mas agora está pior. “Que algumas autoridades escutasse nossa voz e viesse resolver o mais rápido possível. Nos como servidores vamos continuar cumprindo nossa carga horária, mas para os alunos a escola será fechada”.
O cacique da aldeia resolveu suspender as aulas da escola indígena enquanto a situação não for resolvida. “Enquanto a água não chegar, então a escola não vai continuar. Os professores podem ficar descansados, mas se a água aparecer as aulas voltam”, explicou.V
Além de afetar a escola, toca a comunidade está sofrendo sem ter o básico. “Não é só criança a comunidade também precisa de água, tem muita gente que precisa tomar água”, reclamou Rafaela Krahô.
A Secretaria Estadual de Educação (Sedus), confirmou a suspensão das aulas. O abastecimento de água nas aldeias é de responsabilidade do Distrito Sanitário Indígena (Dsei), que é vinculado ao Ministério da Saúde. Segundo os indígenas, várias denúncias já foram feitas aqui, mas até agora nenhuma providência foi tomada para melhorar o sistema de fornecimento de água.
O Dsei informou que aguarda retorno da área técnica para enviar uma resposta sobre a situação da aldeia Manoel Alves.
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