Um suposto esquema de corrupção dentro da Unidade Penal Regional de Paraíso está sendo investigado pela Polícia Civil e levou ao afastamento de uma servidora comissionada nesta quarta-feira (19). Ela tem 58 anos e estaria cobrando dinheiro de detentos e parentes para ofertar festas, jantares, e eventos que, na realidade, nunca aconteceram.
Mandados de de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados a pessoas investigadas pelo esquema. De acordo com a polícia, ela trabalhava na unidade e estaria utilizando-se do cargo público para receber valores indevidos.
A ordem de afastamento da mulher foi cumprida dentro da operação Profanum. Houve também o cumprimento de três mandados de busca em duas casas e um comércio de Paraíso.
A Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), responsável pelo sistema prisional do estado, informou que não houve buscas na Unidade Penal e que a equipe de servidores e policiais penais da Unidade colaborou na prestação de todas as informações solicitadas para investigação (Veja nota ao final da reportagem).
A Polícia Civil apurou que a então servidora teria determinado só poderiam entrar medicamentos para os detentos que tivessem sido comprados em um estabelecimento da cidade. O dono do comércio é o segundo investigado, de 33 anos.
“Para evitar ser denunciada, a investigada dizia ter influência política e que poderia prejudicar presos e servidores”, explicou o delegado José Lucas Melo, responsável pela investigação.
Conforme o delegado, os investigados não podem mais manter contato com familiares de pessoas presas ou irem até a unidade penal enquanto durar a apuração do caso.
O nome da operação tem relação com a profanação da regra do serviço público que diz respeito ao desempenho das funções com honestidade e dignidade. A Polícia Civil informou que recebeu apoio de agentes das delegacias de Paraíso e da Polícia Penal do Tocantins durante a investigação e no cumprimento das ordens judiciais.
A apuração devem continuar para possível responsabilização dos suspeitos com relação aos crimes de corrupção passiva e peculato. Após a conclusão do inquérito, o documento será enviado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as medidas legais cabíveis.
A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da Unidade Penal Regional de Paraíso, esclarece que a referida servidora investigada pela Polícia Civil na Operação Profanum trabalhou na Unidade Penal Regional de Paraíso de setembro de 2024 a janeiro de 2025, período em foi transferida para o Núcleo de Atendimento do Procon de Paraíso.
A servidora era contratada e foi exonerada por meio de ato publicado no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira, 19.
A Seciju ressalta que não houve buscas na Unidade Penal e que a equipe de servidores e policiais penais da Unidade colaborou na prestação de todas as informações solicitadas para investigação.
A Secretaria reitera que não é condizente com qualquer ato de improbidade administrativa ou cobranças indevidas no serviço público, e que todas as pessoas suspeitas devem responder pelos atos. A Pasta está colaborando com as investigações e tomará todas as medidas cabíveis após apuração dos fatos.
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